O Casamento

Wagner dos Reis Novaes
– Estou precisando falar sério com você. Alberto.
– Puxa, Lúcia você está com uma cara que Deus me livre! O que é que está acontecendo?
– O que está acontecendo é que estamos precisando marcai a data do nosso casamento!
– Mas. Lúcia… É isso?
– Exatamente isso!
– Mas ainda é cedo para a gente falar em casamento, querida.
– Cedo? E bem tarde Já faz três anos que estamos namorando
– E dai?
– E dai que eu não estou disposta a namorar eternamente, meu filho. Olhe: ou a gente marca o casamento ou tudo acaba agora mesmo.
– Mas agora não é possível. Lúcia. Gomo vamos alugar um apartamento? Com que dinheiro vamos comprar móveis? Eu estou ganhando muito pouco no meu trabalho.
– Eu também trabalho. Alberto, e estou com um ordenado suficiente para alugar um apartamento, pagar prestações de móveis, como todo mundo faz…
– Vamos deixar essa história pra lá, Lúcia. Ainda é cedo.
– Acho que você não está é querendo se casar comigo. Alberto.
– E eu começo a achar que você está querendo esgotar a minha paciência. – Nada disso, queridinho! Estou com vontade de me casar, só isso.
– Eu também pretendo me casar. Lúcia. Mas. além de tudo. é preciso o consentimento de meus pais, Ainda não falei com eles.
– Eu vou falar com eles.
– Não. Lúcia, por favor – Então, podemos fugir e comunicamos depois…
– Essa não! Isso é impossível!
– Vocês homens são mesmo uns medrosos. Vocês estão precisando agir, lutar por seus direitos.
– Essa linguagem eu conheço…
– Que linguagem?
– Deixe pra lá…O que sei é que você )á está passando dos limites!
– Não estou passando de nenhum limite, coisa nenhuma! Então. Alberto: quando vamos nos casar? Olhe que estou mesmo resolvida, hein? – Atualmente não dá. Lúcia. E depois, como já lhe disse, preciso do consentimento de meus pais.
– Ah. sim? Então. Alberto, está tudo acabado entre nós.
– Calma. Lucinha.
– Nada de calma. Albertinho da mamãezinha e do papaiznho. Tudo acabado. Adeusinho. tá?